segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O socialismo contra o mérito

O socialismo precisa de dois fatores para se instalar num território: a existência de uma elite que se julga legitimada para interpretar e executar a "vontade do Povo", porque pensa que é portadora do destino histórico, e um Povo que deixou de acreditar na soberania e autodeterminação e, em consequência, entregou os seus destinos à elite iluminada que controla o Partido e o Estado.

Quando os socialistas se encontram no processo de conquista do poder, o seu principal inimigo é a meritocracia. Por isso é tão importante o controlo do currículo e das escolas. É aí que se torna mais fácil impedir que o mérito seja o critério principal de escolha e seleção. O Povo tende a acreditar nas vigarices e mentiras socialistas e acaba por aceitar a ideia de que o mérito  é incompatível com a igualdade e a inclusão. Portugal está nessa fase há algumas décadas para cá. Nunca esteve tão perto de preencher todos os requisitos de um país socialista, ainda que com as nuances europeias.

Fora das escolas, na administração pública e nas empresas estatais, os socialistas dão continuidade à supressão do mérito, entregando os cargos e lugares de decisão à elite e respetiva família. O Povo e os media avençados desculpabilizam a corrupção e o nepotismo dos socialistas porque crêm que o fazem com boas intenções, prosseguindo uma finalidade maior e boa: a igualdade e a inclusão.

É pois normal que, logo os socialistas controlem o Estado, eles recrutem para os lugares de responsabilidade e decisão os seus familiares porque eles, uma vez instalados, são, na verdade, os donos disto tudo. Controlado o Estado e a economia o processo fica quase concluído, bastando para tal a criação de um sistema e uma rede de subsidiodependência que garanta aos socialistas uma base eleitoral ganhadora. Ora, uma coisa e outra já se verifica em Portugal. 

Os socialistas não são parvos. Ao invés, andam nisto há vários séculos e sabem muito sobre como conquistar e conservar o poder. Para poderem distribuir riqueza e manter o Povo subsidiodependente no limiar da pobreza ou um pouco acima, necessitam de empresas privadas que aceitem o papel de financiadoras forçadas do sistema à custa do saque fiscal. Não esquecer que, para os socialistas, a propriedade é um roubo. Por isso estão legitimados para "ir atrás dos criadores e acumuladores de riqueza".

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