O recente episódio do despacho 7247/2019 que regulamenta o modo como as escolas vigiam e fazem a gestão das sexualidades LGBTI+ é apenas mais uma etapa na supressão das liberdades individuais, tendo em vista aumentar o controlo e interferência do estado até na mais privada das intimidades.
A escola estatal é o braço não armado do Estado na construção do socialismo, criando dependências, autocensura e uma tábua de virtudes que remetem o homem branco, ocidental e heteressexual para as margens do sistema.
A pouco e pouco o homem branco, ocidental e heteressexual é visto pelo Estado socialista como alguém que carrega os pecados do Mundo, responsável único por todas as desgraças, sejam elas climáticas, veja-se a histeria em torno dos incêndios na Amazónia, sejam elas económicas ou sociais.
Pelo contrário, as pessoas que se deixam enquadrar e etiquetar numa das muitas identidades sexuais minoritárias são vistas como portadoras de virtude e pureza, residindo nelas, quiçá, a salvação do Mundo e a felicidade dos oprimidos.
Abandonados pelo operariado industrial, outrora a classe ungida dos esquerdistas, os socialistas têm vindo a recentrar o seu objeto e recursos salvíficos no lumpen.proleatriado, nos marginais, nos criminosos, nas minorias sexuais e, no fundo, em todos os grupos que tenham contas a ajustar com a civilização do Ocidente. Essa mudança de objeto e de recursos começou logo depois da 2ª guerra mundial, com os trabalhos da chamada Escola de Frankfurt, em particular Herbert Marcuse, e mais recentemente, com os trabalhos de Foucoult.
É à luz deste recentrar da esquerda em novos objetos e recursos salvíficos que se deve entender o despacho que regulamenta o controlo que a escola é chamada a fazer em matéria de sexualidades minoritárias.
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