quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A influência do ethos na melhoria dos resultados no TIMSS e no PISA 2015

Muito se tem escrito e falado sobre as causas da melhoria significativa dos resultados dos alunos portugueses no TIMSS 2015 e no PISA 2015. Os números não deixam margem para os negacionistas argumentarem, com factos e dados, pela ausência de influência das políticas executadas no quadro da vigência do anterior Governo (2011 a 2015). Ainda assim, alguns têm o descaramento de afirmar que as melhorias se devem apenas a políticas conduzidas entre 2000 e 2010. Outros vão ainda mais longe ao afirmarem que as políticas educativas de Nuno Crato (2011 a 2015) vão reverter os resultados em próximas avaliações internacionais. Incapazes de admitirem o óbvio, os esquerdopatas fazem o que sempre fizeram: mentir, negar a realidade, cavalgar uma realidade paralela.

Há uma variável que ainda não vi identificada por ninguém e que me parece ter tido uma enorme influência na melhoria dos resultados: o "ethos" das escolas.

O "ethos" define-se como sendo um conjunto de variáveis que compõem o clima, a missão, os valores e o ambiente de uma organização ou de um sistema. O "ethos" tem uma enorme influência no modo como as organizações operam e condiciona bastante os resultados.

Com Nuno Crato a comandar o Ministério da Educação o discurso, a linguagem e os valores mudaram. Essa mudança provocou a ira dos esquerdopatas acantonados nas escolas, universidades e nos media. Os esquerdopatas andaram décadas a desvalorizar o mérito, o esforço, o rigor, a competição e os resultados. A grande maioria dos professores que opera no sistema estatal foi endoutrinada nos valores da igualdade de resultados, pedagogia romântica, construtivismo social, educação lúdica e sem esforço. Os exames eram vistos como um fator de promoção da exclusão social e só a contragosto os professores e os diretores engoliram o regresso dos exames do nono ano sob a batura de um ministro da educação de centro-direita: David Justino.

Com Nuno Crato, chegou a defesa da cultura do mérito, da exigência, do esforço, das pedagogias que resultam, do reforço dos conteúdos e da criação de metas curriculares nacionais com objetivos e conteúdos claros e hirarquizados.

Professores, pais e alunos foram desafiados a prestar contas (exames nacionais no sexto ano e no quarto ano), as escolas foram pressionadas a melhorarem os resultados pelo efeito da divulgação dos rankings e do reforço da prestação de contas e de recompensas em créditos horários para as escolas que registaram maiores progressos.

O "ethos" mudara com Nuno Crato. Com a chegada do camarada Tiago à 5 de Outubro, o "ethos" da exigência e do rigor foi substituído pelo discurso politicamente correto da igualdade de resultados, da flexibilização dos currícula, do reforço do lúdico e das competências "soft" e do fim dos exames no quarto ano e no sexto ano. 

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