terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Desburocratizar e simplificar as escolas

Uma pessoa visita escolas na Alemanha e fica surpreendido com o que vê. Aulas só da parte da manhã, escolas dirigidas por um único diretor, secretarias com dois funcionários e pessoal auxiliar nem vê-lo. E tudo decorre com tranquilidade. 

Os professores ficam libertos a partir das 13 horas, uns vão para casa outros preparam aulas nos gabinetes da escola. Não se vê um professor exausto, não há alunos sem aulas. As escolas respiram tranquilidade e ordem.

As salas não têm requintes tecnológicos, apenas um quadro, mesas, cadeiras e pouco mais. Mas, no Inverno têm aquecimento. Os alunos dirigem-se para a escola a pé ou de bicicleta. Cantina que sirva almoços não há. Um pequeno bar com uma funcionária e é o que basta. As escolas alemãs estão ao serviço dos alunos e do ensino, as portuguesas servem a agenda dos sindicatos de professores que as transformaram, nuns casos, em inferno, noutros, em manicómios.

É tempo de a verdadeira direita, não a falsa direita do PSD de Rio, defender uma agenda para a reforma do ensino com base em coisas simples mas realistas: acabar com os projetos que se destinam a roubar tempo à componente de instrução, pôr fim aos mega agrupamentos de escolas e regressar aos pequenos estabelecimentos escolares dirigidos por um único professor, dizer claramente que a finalidade da escola é o ensino e a instrução, reduzir a componente curricular ao essencial, menos disciplinas mais horas dedicadas ao ensino do português e da matemática, anular as restantes funções da escola, pôr fim à dupla prestação de contas, autarquias e direções gerais, e basear a supervisão e avaliação das escolas num único indicador: exames nacionais nos 4º, 6º, 9º e 12º anos.

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