quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Desregulamentar a contratação de professores e acabar com a captura das escolas pelos sindicatos

As escolas privadas têm duas enormes diferenças face às escolas estatais: nas primeiras, os alunos têm mais aulas e a qualidade do ensino é, regra geral, maior nos estabelecimentos privados. Quem tiver dúvidas, olhe para os rankings.

O sistema de colocação e contratação de professores foi desenhado pelos sindicatos com o objetivo de o tornar incompreensível para quem esteja fora  dos sindicatos. Um sistema centralizado, burocratizado e lento impede que as escolas contratem os melhores docentes e a tempo de impedir que os alunos fiquem sem aulas durante semanas e meses.

O que está a acontecer na cidade de Lisboa, com alunos sem aulas durante meses porque não há candidatos interessados em ocupar lugares nas escolas da capital devido, principalmente, ao elevado preço dos quartos, é um escândalo.

Não conheço um único país que tenha um sistema de colocação de professores como o nosso. Em quase todo o lado, as escolas têm capacidade para proceder à contratação de docentes tendo em conta o perfil e o projeto educativo de cada estabelecimento escolar. O processo é simples: uma determinada escola precisa de contratar um docente de matemática? A escola coloca um anúncio com o perfil pretendido e o vencimento oferecido e, de seguida, faz entrevista aos candidatos, analisa o CV e contrata. Simples.

Que eu saiba só há um partido com proposta semelhante: Iniciativa Liberal que tem como cabeça de lista às europeias o economista Ricardo Arroja, por acaso um dos melhores analistas de política económica do país.


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