Há uma razão simples e cristalina para afastar a igualdade de género do currículo escolar: na escola não se deve ensinar ideologias, sejam elas quais forem, de extrema direita ou de extrema esquerda.
O currículo deve estar impregnado apenas de factos, noções e conceitos validados pelo conhecimento científico. Para além disso, deve haver lugar para a aprendizagem de competências: uma espécie de conhecimento em ação. As competências fazem parte da práxis curricular e visam dotar os alunos de um saber fazer de utilidade comprovada pela tradição.
Os factos, noções e conceitos integram o legado daquilo que de melhor a Humanidade foi criando com o passar dos tempos. São apenas aquilo que resistiu ao crivo do tempo e da razão. O seu caráter não é apenas utilitários ao contrário das competências que se limitam ao uso.
O conhecimento existe para ser fruído, apreciado, corrigido e acrescentado. O currículo é limitado pelos recursos. O recurso mais finito é o tempo. Não faz sentido dar tempo curricular a ideologias. O tempo é demasiado precioso para ser desperdiçado na promoção de preconceitos.
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